segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"TALVEZ DIFERENTE SERIA"

Eu sei quem nos escolheu,
Envolvendo tudo em um único corpo,
Respirando o mesmo ar para que assim seje,
O tempo sempre vem,
Se vem então que se vá,
O dia parece diferente,
Difícil e quase impossível de encarar de frente,
Passei pai, por lugares que me ensinaram que,
o calor mata e frio também,
Sinto os dois ao mesmo tempo estacado em meu coração,
Posso mudar de ar agora pai?
Me sinto matado, me sinto ofegante,
Respire por mim, talvez pra mim,
Pois diferente realmente “não” e “sim” seria,
Como mudei, como vivi...
Qualquer outro lugar terminaria o dia,
Como se a ilusão viesse e se fosse,
Como metade de dois corpos num domingo deitados a beira mar,
Iluminados pelo sol que tanto mata,
Mas com alegria aprofundada em angustia,
Sim, queria gritar, peço a ti pai,
Responda o porque,
Que talvez lhe confesse que algo me destruiu,
Mas sinto o que deveria sentir,
É assim que deve ser?
Oh pai! já sinto saudades do que ainda não vi,
Choro com tanto entusiasmo do que já passou no futuro,
Aguentaria eu, essa flecha estocado no coração o resto dos tempos?
Talvez diferente seria,
Não quero pensar, não quero saber, talvez nem esquecer,
Talvez superar e ver o lado bom,
Mas o que fazer quando o "bom" se ofusca,
E o "mal" lhe possui os termos?
Fica difícil não ceder, assim seria,
Tarde seria, tarde demais,
Caso cedo for, diferente seria,
O tempo já me disse o que será,
Mas sinto o que deveria sentir,
É assim que deve ser?
Talvez nunca ei de saber, talvez tarde seria.


16/11/09

3 comentários:

  1. Bravíssimo!
    "Caso cedo flor, diferente seria"
    Eu adorei...
    Tem selo novo do vórtice para você. Passa lá!
    Abraço

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  2. 'talvez diferente seria... talvez nunca ei de saber'

    impecável sua duvida em poesia. Parabéns!

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  3. BOM DIA!! ÓTIMO BLOG, SUCESSO E MUITA PAZ..ABRAÇOS

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